o corredor era fundo como eram fundas as noites.
pelo o corredor as palavras encerradas,
os cheiros transpiravam
e as vozes ora esmoreciam ora rebentavam em ventania.
pelo corredor adentro passava a vida e o crime,
crime celado e esquecido na memória de todos,
inexplicavelmente óbvio...
e de mim a história do quarto mais á esquerda.
não, não interessa de facto as flores mortas
e o odor à água podre...
é um passado manifestamente recalcado...
depois vieram todos vestidos de negro,
num silêncio cor de prata...
num choro por dentro dos olhos...
às vezes ganha-se pelo que se perde..
Tuesday, August 31, 2004
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